Bora de resenha polêmica? 

O novo filme animado de Digimon, franquia pra lá de nostálgica, é uma experiência, digamos, curiosa. Rápido disclaimer: não acompanho há um tempo, então, vou focar em questões envolvendo o trabalho mais técnico, assim como levantar pontos sobre a franquia em si. 

Então, vamos lá! 

DUBLAGEM

Começando com um mega elogio: a dublagem. Não é novidade que a dublagem brasileira é sensacional, e aqui não é diferente. Atualizada, divertida e com uma dose gigante de nostalgia, 6 dubladores das icônicas temporadas iniciais do anime retornaram para Adventure 02, o que é sensacional para os fãs mais antigos (ou os novos que reviram tudo dublado). 

Assim, o clima nostálgico fica ainda mais forte, mantendo a qualidade da dublagem nos padrões já conhecido pelos fãs, o que é sensacional. Inclusive, qual sua dublagem favorita? Me conta no Instagram do TOCAFITA

ENREDO

Claro, nem tudo são rosas, e a incrível dublagem não consegue salvar tudo… Aqui é a hora de falar da história. O enredo é fraco, começando com um mote a lá A Chegada (Denis Villeneuve), a história que parece promissora cai, muito, enquanto os minutos passam. 

Com foco no primeiro Digimon e na criação dos demais, a história é rasa, e não há melhores adjetivos que os falados por nossa gigante jornalista Sandra Annenberg: “xoxa, capenga, manca, anêmica e inconsistente”. 

Assim, para além da nostalgia, o anime tenta emplacar uma nova ideia que é, infelizmente, sem graça. Uma pena, afinal, o anime representou por muitos anos histórias envolventes e interessantes. 

AÇÃO

Poxa, estamos falando de Digimon, falar das lutas é a melhor parte, né? SIM! Mas, pra falar delas, elas precisam acontecer, e se depender de “Digimon Adventure 02: O início“… 

Pois é, o maior dos problemas de um anime de aventura é faltar a parte da aventura, da ação. Na nova produção, se 10 minutos forem contados para representar as cenas de luta, será muito. Com uma história que se enrola em si, o filme gasta tempo demais para uma introdução nada envolvente e perde tempo precioso nas batalhas, que são absurdamente sem graça. 

Sabe o título sensacionalista dessa resenha? Ele é assim por causa disso. Digimon sempre entregou lutas sensacionais, animadas, envolventes e que nos tiravam da cadeira… Não espere isso por aqui. 

Inclusive, fica aqui o desabafo de uma pessoa que cresceu com a franquia e se desligou dela em algum momento: quando Digimon se transformou em Power Ranger? Fica aqui meu questionamento (e repúdio ao Shakkoumon, isso deveria ser um crime inafiançável). 

No final, o clima que fica é que, se você ama a franquia hoje, talvez passe pano pro enredo fraco desse filme, talvez não. Agora, se você não é um fã ferrenho que acompanha a franquia, o brilho da série e a nostalgia que o nome Digimon carrega talvez, apenas talvez, tenha morrido. 

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