poster de divulgação oficial Searchlight Pictures

Que a Emma Stone é uma das queridinhas de Hollywood (e dos nossos corações) a gente já sabe, né? Então, prepare-se pra ver ela em uma das atuações mais malucas e complexas de sua carreira: estou falando de Pobres Criaturas! 

Dirigido pelo já aclamado Yórgos Lanthimos, que já trabalhou com Emma no sensacional A Favorita (que rendeu o Oscar para a queridíssima Olivia Colman), agora a jornada é diferente: uma vida a lá Frankenstein acêntrica, fogosa e, veja só, humana. 

No elenco gigante de Pobres Criaturas, temos também o assustador Willem Dafoe e Mark Rufallo, esse último indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante da edição de 2024 (eu ainda preferia que fosse o Dafoe, mas não entrarei nesse ponto). 

A questão é que a direção de Yórgos é uma obra quase abstrata recheada de nuances, sejam elas estéticas, físicas ou visuais (como o uso de câmeras, fish eye e muitos outros efeitos). 

A quem diga que Yórgos tem uma visão masculinizada da figura feminina, colocando-as em situações a mercê de homens, o que acontece bastante também em Pobres Criaturas. Também não fecharei a resenha para esse mérito, afinal, é uma grande controversa geral, mas o que pode ser dito é que existem subversões a isso na personagem de Emma Stone, assim como na figura masculina geral em Pobres Criaturas.

Falando com um pouco mais de detalhes sobre essa parte, minha experiência com o filme é de desprezo pela figura masculina dentro daquele universo, que pode facilmente ser refletido ao nosso – real – universo. 

Para exemplificar: os “pais” atroces representados, os maridos ou idiotas, ou abusivos e violentos, e as demais figuras masculinas, vulgares e egoístas (como o personagem de Rufallo). Com sinceridade, quase um reflexo pós-moderno do patriarcado, do papel masculino de “provedor” e “conhecedor” de tudo, comandante, dominador sabe-se lá de quê. 

Para além desse ponto, brilha uma mulher: a indicada ao Oscar de 2024 na categoria de Melhor Atriz, Emma Stone. Linda, deslumbrante, estranha e quase caricata, a persona Bella Baxter é um filme por si só, complexa e cheia das mais variadas nuances, seja para o terror ou para a comédia. 

Vivenciando o desenvolver humano em velocidades astronômicas, Bella sai de uma cabeça infantilizada para descobrir o que é ser mulher naquela época, o que é sentir e o que é o pensar-social para o papel feminino. Que baita jornada o roteiro de Tony McNamara e Alasdair Gray entrega. 

Por fim, as 11 indicações ao Oscar 2024 são mais que bem-vindas, umas mais que outras, mas sim, o filme vale! Me conta no Instagram do TOCAFITA o que espera pro filme que lança dia 25 de janeiro nos cinemas nacionais! 

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