Imagem de divulgação oficial por Paris Filmes 

Ah, como é refrescante o gosto de uma prequel bem-feita! Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpetes dá uma re-vida para essa franquia de absoluto sucesso. 

Com uma história que pode deixar muitas pessoas curiosas, aqui encontramos um universo conhecido, porém muito diferente. Décadas antes da Panem de Katniss Everdeen, nosso Tordo, os Jogos Vorazes eram uma máquina de tortura em pleno desenvolvimento, e é nessa Panem que o novo filme se encaixa. 

Acompanhando ninguém menos que o grande vilão, Coriolanus Snow (Tom Blyth), ou como você deve conhecer, Presidente Snow, vemos o desabrochar da história que encaminha nosso antecessor para um futuro brilhante, mesmo que para eventos horríveis como os Jogos Vorazes. 

Em uma capital pós-guerra, aqui o teor político é 100% explícito, diferente da franquia inicial que, em muitos casos, essa temática era mais mascarada com acontecimentos grandiosos e absurdos. 

Temáticas como política se aliam a marketing quando Coryo – como é carinhosamente chamado por sua “irmã” Tigris – é obrigado a “adotar” um dos tributos para a décima edição dos Jogos Vorazes: a querida Lucy Gray Baird (Rachel Zegler) do Distrito 12. 

A relação é estranha: colocar um homem de colarinho branco da capital para dar auxílio a uma mulher fadada a morte em uma arena com outras 23 pessoas, mas a química entre os dois é um ponto altíssimo para que a sensação de verdade seja passada. 

Mesmo assim, a produção de Francis Lawrence, que assumi a direção de praticamente toda a franquia, dá jus ao universo que ele sabe muito bem criar. Assim, conseguimos vivenciar a visão de uma pessoa que ama a franquia e segue respeitando-a, mesmo quando a situação – e até mesmo o cenário caótico-político – são muito diferentes. 

Portanto, Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é uma introdução a outra figura feminina do Distrito 12, mais carismática que a Katniss, e tão forte quanto, do seu próprio jeito. Mas, para além disso, o filme é sobre uma jornada de um personagem que já aprendemos a odiar em seu caminho para se tornar essa pessoa horrível que conhecemos, mas que ainda não é essa pessoa. 

Em qual caminho da jornada vamos descobrir a verdadeira face, ou, a transformação desse personagem para conseguirmos imaginar um futuro tão sombrio e brutal? Essa pergunta rege todo o filme: qual o estopim? O que desencadeia? Qual a motivação. 

Enfim, além da possibilidade de analisar um cenário pós-guerra e como isso afeta as pessoas, coisa já presente na franquia inicial, por aqui nós temos o mistério de uma jornada, fria e violenta, mas também calorosa quando pode, acompanhando um homem comum em um mundo incomum em sua jornada de vilania. 

Deixo uma pergunta pra você, que quero que seja respondida lá no Instagram do TOCAFITA (o vídeo sobre essa resenha já está postado): o quanto você conseguiu não odiar Coriolanus Snow? 

Aguardo sua resposta por lá! 

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