Crawl (Predadores Assassinos, na tradução brasileira) vem para renovar o gênero nos cinemas, afinal, quem não ama um bom filme de jacarés, não é mesmo? 

Eu particularmente amo, e quando bem feito, é um deleite poder apreciar uma obra tão desvalorizada dentro do mundo cinematográfico.

Geralmente com qualidades duvidosas, filmes de animais assassinos são sempre muito mal vistos em premiações e afins. 

Mas esse não é o caso de Crawl

O Filme de Alexandre Aja, diretor de filmes como Piranha 3D e Amaldiçoado, é uma grande surpresa: a muito tempo não víamos esse gênero feito com tanta qualidade. 

Megatubarão (2018) tentou criar esse ambiente tenso e angustiante em seu ano de lançamento, e por mais que também seja um filme interessante, Crawl está a muitos níveis acima. 

A trama

Contando a história de Haley, estrelada pela maravilhosa Kaya Scodelario, Crawl se passa durante um intenso furacão no sul da Flórida, situação por si só já muito difícil. 

Haley, diferente do que foi orientada pelo governo, desvia do toque de evacuação quando não consegue contato com seu pai Dave (Barry Pepper), indo atrás dele na antiga casa da família. 

Lá, além de encontrar o pai ferido no porão da casa, Haley se depara com o pior: Jacarés ferozes, libertado pela força extrema do clima para a cidade, ameaçando a segurança de todos. 

Como Aja cria o terror de Crawl

Explicando de maneira simplória assim, o filme parece um comum trash movie de animais assassinos, certo? 

Mas não se engane, ele não é! Pela presença de poucos personagens, Crawl já foge do clichê de “cada hora um morre”, muito comum nesse tipo de filme.

Em contrapartida a essa ideia, ele coloca total foco nos dois personagens e cria toda a tensão neles, deixando o filme muito mais intenso e intimista. 

A relação pai e filha é muito explorada e funciona para criar mais intimidade com os personagens, o que ajuda mais ainda na tensão. 

Já pensando em elementos do gênero terror, eles estão sim presentes. Jump scares muito bem arquitetados e cenas muito claustrofóbicas, agoniantes e calmamente intensas.

Os animais em si já são o próprio terror: mais do que sua aparência, o modelo simplório que o longa trás, utilizando de poucos elementos e cenários externos  deixa a mera ideia da presença deles se tornar um elemento de tensão infinito. 

Além disso, cenas aquáticas também criam um ambiente descontrolado, arriscado e muito misterioso. 

Kaya Scodelario: conte comigo pra tudo!

A atriz arrasa! A entrega dela é notável e muito bem feita. 

Ela não só demonstra que sabe fazer uma boa ação, como também consegue pegar na mão de cada espectador e trazê-lo para aquela situação, onde todo mundo sofre aquele clima tenso junto com a personagem!

Isso mostra a versatilidade da atriz, que inclusive já disse em entrevistas sua felicidade de desenvolver o papel. Leia a matéria onde ela fala sobre o filme clicando aqui

 

Vale ressaltar: o filme de Alexandre Aja é curto, sucinto, objetivo e muito, muito bem produzido. 

Intenso e agoniante, Aja mostra que filmes deste gênero são sim funcionais para o terror. Assim, espero que novas obras apareçam e que continuem o legado de Spielberg que começou lá atrás, com o icônico Tubarão (1975). 

 

Nota: 8.8 / 10 

Confira o trailer: 

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